domingo, 7 de julho de 2013

MÓDULO IV - PROFISSÃO DOCENTE E EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA

VÍDEO-AULAS (1 - 7)

Vídeo-Aula 1 - Profissão Docente - Papel do professor: Instruir ou Educar?
O papel do professor tem a dimensão do instruir, passar todos os conhecimentos e, educar, que engloba o papel de formação humana.

O ensino deve se submeter a educação ou a educação deve se submeter ao ensino?
Quando a educação se submete ao ensino o professor ensino uma série de saberes que supostamente irá transformar o aluno em um Homem educado.
Quando o ensino se submete a educação em que se tem um projeto educativo em primeiro plano onde os saberes são englobados.
 
"A pedagogia real situa-se para além dos limites e das intenções de qualquer disciplina". George Gusdorf. O ensino da disciplina deve fazer com que o indivíduo pense e reflita, compreendendo os processos da humanidade. 
 
O papel do professor é enfrentar a educação a partir de dois polos relacionados: a dimensão pedagógica que é instruir e a dimensão educacional relacionada ao projeto, tendo em vista o desenvolvimento, aprendizagem, personificação, socialização, humanização e a libertação.
Para garantir a dimensão pedagógica e educacional, a escola deve estar relacionada com a sociedade, o projeto pedagógico deve ser um compromisso de todos. Se eu quero espírito crítico, tenho que propor isso diariamente. 
 
Considerações:
O texto que segue - adaptado de Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente - Documento para Consulta Pública, MEC/Inep - mostra algumas qualidades necessárias para o professor que relaciona-se com o seu papel.                                               

O docente ideal:
1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.
2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos.
3. Conhece as didáticas das disciplinas.
4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.
5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.
6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.
7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.
8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.
9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.
10. Institui e mantém normas de convivência em sala.
11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.
12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.
13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.
14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.
15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.
16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.
17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.
18. Trabalha em equipe.
19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.
20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.

Este texto é parte do artigo da Revista Nova Escola retirada do site: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/vinte-caracteristicas-professor-ideal-604361.shtml acesso em 07/07/2013 às 00h02.
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Vídeo-Aula 2 - Profissão Docente - A ação educativa ao longo da trajetória escolar
Ao longo da trajetória de vida, o que a escola representa para o aluno?
Qual o papel do professor na sucessiva etapas de aprendizagem?
A trajetória escolar deve estar alinhada com a ação educativa.
 
Na educação verificam-se a escola marcada pela novidade, brincadeira e possibilidades de socialização. O que está em jogo? A adaptação, ampliação das referências, dos saberes, das linguagens e das relações. Papel do professor? Investimentos na esfera afetiva, funcional, cognitiva, linguística e de ajustamento pessoal.
 
Ensino fundamental (1° e 2° ano) observa-se a escola como espaço de aprender. A ideia que a escola é séria. O que está em jogo? Auto conceito, motivação para aprender, adaptação ao ritmo da escola, novos critérios de convivência social. Papel do professor: apoio funcional, fortalecimento do vínculo com o saber, estimulação dos saberes que regem a convivência social.
 
Ensino fundamental (3° e 4° ano) observa-se a escola como espaço de pluralidade. O que está em jogo? O auto conceito acadêmico, aprender a aprender, organização, autonomia, disponibilidade para lidar com as dificuldades. Papel do professor: escolarização. Fortalecimento da relação escola-aluno pelas dimensões afetivas, metodológicas, funcional, cognitiva e funcional.  
 
Ensino fundamental (5° e 9° ano) e ensino médio observa-se a escola é um entre tantos espaços. O que está em jogo: lidar com crises, conflitos, projetos de vida, cobranças de desempenho, opção profissional, autonomia, redefinição da identidade e dos valores. Papel do professor? Apoio, orientação, sensibilização, conscientização sobre aspectos da vida e da responsabilidade social.

Considerações:
O professor, enquanto responsável pelo processo de ensino-aprendizagem, deve conhecer as etapas da trajetória escolar do aluno para poder desenvolver ações educativas de acordo com a faixa etária e necessidades do educando. Caso esta trajetória não seja respeitado, o aluno poderá se desinteressar pela construção do conhecimento, ou pela complexidade ou simplicidade do conteúdo.
 
 
acesso em 07/07/2013 às 22h59.
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Vídeo-Aula 3 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Ética e valores na ação educativa
História da Escola: A quem e que se destina?
1° Revolução: grupos diferenciados, individualizados, por preceptor;
2° Revolução: responsabilidade do Estado e pública: ainda restrita a certas camadas e professor com vários alunos;
3° Revolução: universalização do acesso a educação.
Neste momento, observa-se o atendimento a diversas camadas sociais, a diversidade como as pessoas com as necessidade especiais e, a legitimação do direito.

Com os paradigmas escolares (ler e escreve = clero, escrever e contar = comércio e a cultura letrada) como inserir as pessoas com diferentes necessidade especiais? Como é ser professor nessas condições? Como fazer educação nessas bases desconhecidas?

A educação é vista como uma instância privilegiada para evitar/ corrigir práticas intolerantes e que aumente o respeito e a solidariedade.

Verifica-se a necessidade do trabalho intencional com valores: alunos com a ética e a cidadania.
Relações interpessoais: afetividade, valor, aquilo que eu gosto;
Mas como gostar do desconhecido?

Considerações:
 
A charge que segue exemplifica a falta de conhecimento quanto as pessoas com necessidades especiais. Pela pessoa ser cadeirante ela não fala? não pensa? Pode-se pensar na necessidade do docente conhecer o seu aluno e a sua necessidade, para poder auxiliar da melhor forma, desenvolvendo o educando.
 
acesso em 07/07/2013 às 22h51. 
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Vídeo-Aula 4 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Ética e Saúde na Escola
Qual o impacto que tem quando um professor recebe a notícia que irá receber em sua classe um aluno com necessidades especiais? Qual o olhar para este aluno? O que se necessita ter para realizar este trabalho?
 
Terminologia "Necessidades educativas especiais" surgiu na Europa, uma educação centrada no aluno, com um movimento de integração dos alunos. Refere-se a alunos que apresentam dificuldades significativamente maiores para aprender ou algum problema de ordem física, sensorial, intelectual, emocional ou social.
No Brasil as discussões começam com a Conferência Mundial de Educação Especial em Salamanca em 1994, onde foi firmado o compromisso de educação para todos.

Quem são as crianças e jovens com necessidades especiais:
- de rua e que trabalham;
- de origem remota ou de população nômade;
- pertencentes e minorias linguísticas, éticas e culturais;
- grupos desavantajados ou marginalizados;
- deficientes e superdotados.
Existe diferença entre necessidades educativas especiais e diversidade?

No Brasil quem é considerado com necessidades especiais:
Decreto 3.298 de 1999 define... deficiência física/ auditiva/ visual/ mental e múltipla.
Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva (2007)

Considerações:
As definições e os diagnósticos, para o professor, só faz sentido quando contribuem para as questões pedagógicas.
Observa-se que os cuidados são de reconhecer a complexidade das terminologias e diagnósticos. É necessário conhecer para instrumentalizar e atuar pedagogicamente. Saber dos riscos pode ser estigmatizante reduzindo um indivíduo com deficiência e também com múltiplas competências e uma pessoa deficiente.
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Vídeo-Aula 5 - Profissão Docente - O papel do professor na mediação cultural
Esta apresenta o papel do professor na mediação cultural, tendo a arte como um conteúdo acessível ao aluno, fazendo parte de sua vida. Deve-se promover a consciência sobre o valor da arte na sociedade e na vida dos indivíduos, assim, o professor pode trabalhar com a cultura brasileira.
 
O aluno aprende com as próprias produções, com as dos pares e a partir do conhecimento sobre a produção sócio histórica da arte.  
A arte também promove a auto estima, pois o aluno pode se expressar, tendo em vista a autoria do educando e a possibilidade de interpretar a arte, com uma participação consciente.
 
Com a arte é possível trabalhar com temas transversais relacionando com a realizada do aluno, tais como ambiente, trabalho, pluralidade social, entre outros. O professor deve selecionar arte de qualidade para que o aluno se identifique, assim como os conteúdos para o desenvolvimento da compreensão estética. Além disso, o professor deve investir na sua formação. Pode trabalhar com diferentes técnicas de arte.
 
Considerações:
A formação cultural promove a integração social, possibilita que o aluno possa se expressar, manifestar a sua experiência e compartilhar com a comunidade e nas redes sociais.  
Existem aspectos que podem ser pensados quando realizamos o trabalho com a arte:
- a visão do aluno, sua interpretações e repertório: sua característica culturais, possibilidade de transformação da própria realidade e lugar de origem; 
Segue imagem que ilustra a participação dos alunas na produção artística, lembrando da necessidade de documentar a produção do aluno, portfólios.
 
Imagem retirada do site: http://linguagensexpressivas.blogspot.com.br/ acesso em 04/07/2013 às 10h19.
 
- visão da aprendizagem: práticas de educação diferenciadas, reconhecer a arte como conteúdo transformador e formador da identidade do estudante.   
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Vídeo-Aula 6 - Profissão Docente - O professor e a diversidade cultural em sala de aula
A aula apresenta que ensinar sobre a diversidade cultural é respeitar os direitos dos povos de se manifestar, documentar e preservar sua cultura. Este ensino pode promover o respeito entre os povos. Além disso, as culturas são diversas e estão em mudanças permanentes.
 
Os meios de comunicação e expressão presentes nas diversas culturas refletem os diferentes contextos históricos e sociais;
A aprendizagem cultural se dá se o professor promove;
A criação e a fruição artística para o aluno aprender sobre a diversidade expressa na arte de diferentes tempos e lugares;
 
F. Graeme Chalmers defende a ênfase na promoção do pluralismo e na diversidade cultural e na equidade social;o ensino da cultura tida como dominante, apenas, mas de diferentes conteúdos culturais; priorizar as relações sociais. O ensino da arte pode ser uma das possibilidades de promoção de diferentes culturas.
 
Considerações:
O professor deve promover na sala de aula discussões a cerca da diversidade cultura para possibilitar a construção do respeito pela diversidade. A cultura indígena, presente em nosso país, pode ser explorada. Segue imagem ilustrativa de artefatos da cultura indígena.  
 
 
Imagem retirada do site: http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/cultura-indigena-624847.shtml acesso em 03/07/2013 às 19h12.
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Vídeo-Aula 7 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Crianças e jovens com necessidades educativas especiais: dialética inclusão e exclusão
A complexidade nos processos de inclusão escolar na perspectiva:
- o ponto de vista do familiares: Algumas escolas tem recusado a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais e as que recebem dizem que não estão preparadas. Mas o que é estar preparada? As crianças são incluídas nas classes regulares mas são deixadas de lado. Quando há inclusão verificamos que as crianças são incluídas socialmente mas não conseguem ser alfabetizadas, por exemplo. havendo a necessidade da escola com a família.

- o ponto de vista do professor: observa-se uma falta de estrutura, salas numerosas e a falta de formação do professor para receber os alunos com necessidades educacionais especiais, assim, o professor deve encontrar possibilidades, tais como conhecer a realidade deste aluno, buscar apoio na sala de recurso, estabelecendo parceria com a família.

- o ponto de vista da direção e coordenação da escola: com a função de articular diferentes pontos de vista dos envolvidos no processo. Observa-se o professor sem preparo e formação e, o mito que o seu papel é a socialização deixando de lado o desenvolvimento cognitivo.

- o ponto de vista do aluno: as pessoas que observam as crianças com necessidades especiais são, em alguns casos, deixadas de lado, sentando em um lugar diferente, ela não é ouvida ou seja é excluída, podendo com o tempo serem vistas, percebidas e trabalhadas.

Considerações:
A inserção destes alunos nas classes regulares, por si só, não garantem uma prática inclusiva de ensino. A criança fica incluída de uma maneira excludente. Ela passa de visível a invisível.
Necessita-se da mudança de foco no sujeito unilateral, ou seja, a criança diferente com necessidades especiais para o foco na relação professor aluno com reciprocidade, mutualidade e bi-direcionamento ao contexto imediato e histórico.

Reflexões....
Existe ou não diferença na relação professor-aluno quando o aluno tem ou não deficiência? As características dessas relações afetam o processo de ensino e de aprendizagem?
Contraste e conflito: Momento histórico da realidade brasileira X Inclusão perversa ou dialética inclusão e exclusão.
 
" O professor pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas? Não, mesmo que a escola não ofereça estrutura. As redes de ensino não estão dando às escolas e aos professores o que é necessário para um bom trabalho. Muitos evitam reclamar por medo de perder o emprego ou de sofrer perseguição. Mas eles têm que recorrer à ajuda que está disponível, o sindicato, por exemplo, onde legalmente expõem como estão sendo prejudicados profissionalmente. Os pais e os líderes comunitários também podem promover um diálogo com as redes, fazendo pressão para o cumprimento da lei".
 
Trecho da entrevista "Inclusão promove a justiça" de Maria Teresa Mantoan retirada da Revista Nova Escola no site: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/inclusao-no-brasil/maria-teresa-egler-mantoan-424431.shtml acesso em 04/07/2013 às 10h29

sábado, 6 de julho de 2013

Vídeo-Aula (8 - 14)

Vídeo-Aula 8 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios- Contradições na historia e história da educação especial
Observa-se no Brasil a história da educação especial:
Em 1854: IBC - Instituto Benjamim Constant (RJ);
Em 1857: INSM - Instituto Nacional de Surdos-Mudos;
Em 1950: Instituições Especializadas não Governamentais (APAE e Associação Pestalozzi;
Em 1961: Lei/61 "Direitos dos Excepcionais";
Em 1973: Estado - Centro Educacional de Educação Especial;
Em 1999: Movimentos nacionais e internacionais para discutir a educação especial;
Em 2011: Legislações e resoluções.

Registro sobre a educação de deficientes:
- Em 1770: Criação dos Instituto Nacional de Surdos-Mudos (Paris);
- Em 1784: Instituo Nacional de Jovens Cegos (Paris);
- Em 1819-1824 como a ser elaborada a escrita Braille;
- Em 1854: IBC - Instituto Benjamim Constant (RJ);
- Em 1857: INSM - Instituto Nacional de Surdos-Mudos;

Considerações:
Declaração de Salamanca não propõe uma reforma técnica, mas uma busca de compromisso e disposição pela mudança de paradigma na educação, no exercício dos direitos humanos.  

Resgatar a história...
Não conhecer o passado pelo passado, mas identificar elementos do passado materializado em nosso presente e em nossas práticas. Significações construída em múltiplos processos sociais.
Identificar pontos de encontro e confronto entre diferentes perspectivas. Verificar elementos do passado que nos atravessam e nos fazem porta-voz de práticas.
Trazer o passado ajuda a termos clareza do presente e visualizarmos nossas práticas. Ver o passado não é lavarmos as nossas mãos, mas para nos posicionarmos em relação aos processos e colocarmos a mão na massa.
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Vídeo-Aula 9 - Profissão Docente: Modelos de ensino: das concepções docentes as práticas pedagógicas   
Ao analisar as práticas pedagógicas dos docentes, verificamos as práticas pedagógicas, na ponta do iceberg, se pensarmos numa analogia, e os fundamentos do projeto educativo, que fica na superfície do iceberg. O professor deve estar atendo a sua pratica, contudo, deve pensar nos seus fundamentos, ter base para tomar decisões. 
  Imagem retirada da vídeo-aula 9 - Profissão Docente: Modelos de ensino: das concepções docentes as práticas pedagógicas, do curso Ética, Valores e Cidadania na Escola na USP - no dia 04/07/2013 às 13h47.
A falta de fundamento pode ocasionar:
- Os fins justificam os meios: desde que o aluno aprenda, tudo é valido;
- Insegurança do professor;
- Desequilíbrio do projeto educativo;
- Dificuldade para planejar e avaliar;
- Trajetória incerta do aluno e resultados inesperados;
- Falta de diretrizes e critérios para organizar o fazer pedagógico.

Concepção...
Mundo = Fixismo: o mundo está sempre igual, nada se transforma.
Ser humano = Essencialismo: o homem tem uma essência que é imutável, foi dado, é posto.
Educação = Inatismo: a pessoa ao nascer já é tudo, pronta, está pré-formado/Empirismo: papel em branco que deve receber tudo de fora. 

Mundo = Transformismo: está sempre mudando, "um rio não passa mais de uma vez no mesmo lugar, porque a água e o leito serão modificados".
Ser humano = Relacionismo: o homem se constitui a partir da relações com o outro, cultura, em torno, com as experiências.
Educação = Construtivismo/Socioconstrutivismo: aprender a partir da experiência e das relações.
 
Considerações:
"A educação, qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática (Paulo Freire). Quando o professor vai dar uma aula ele tem, consciente ou não, uma concepção de mundo, educação e praticas pedagógicas, pois a educação não é neutra.
Segue vídeo do Mario Sergio Cortella "Não nascemos prontos" parte 1 que retrata a ideia da aula sobre a construção, neste caso a construção do Homem.
 
 Vídeo retirado do site You Tube: https://www.youtube.com/watch?v=89BMhivvRFE acesso em 04/07/2013 às 14h26. 
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Vídeo-Aula 10 - Profissão Docente: A relação entre o professor e o aluno
A aula apresenta a relação do professor e o aluno. Com o estudo de aluno López Quintás, mostra-se o conceito de "experiência bidirecional", onde há trocas de experiências e duas realidades se unem. Continuam sendo diferentes, mas não estão uma fora da outra.
Apresenta também o "encontro", quando entramos em jogo com uma realidade que tem algum tipo inciativa, promovendo um enriquecimento mútuo. Quando há um encontro, por exemplo com um piano, que está em uma casa e ninguém toca, ele pode ser descartado, contudo, quando alguém usa, ele passa a ser um objeto, um instrumento musical. Que influencia, música, mas também pode influenciar, se não estiver afinado.
Transformamos uma sala vazia numa sala de aula quando, mediante o encontro, criamos um âmbito, em espaço em que as liberdades não entram em choque, mas se tornam ocasião o diálogo e outras experiências criativas.   

Considerações:
Segue questão que aprofunda a temática da relação entre o professor e o aluno:

A relação professor/aluno interfere no aprendizado e no desempenho? Inúmeras pesquisas comprovam o que nós, professores, já sabemos: o bom relacionamento entre professor e aluno é o fator que mais favorece a aprendizagem e o bom desempenho, entre todos os demais elementos envolvidos - como condições de trabalho, tempo que os pais passam com os filhos, número de alunos por classe etc. Esses estudos indicam também que os educadores mais eficientes são, em geral, os que sabem acolher os estudantes (vendo-os como são e não como deveriam ser), que buscam identificar e trabalhar interesses, acreditando que todos podem progredir. É preciso lembrar ainda, Luiz, a importância de dominar os conteúdos da matéria, organizar bem o trabalho e a forma de lidar com a indisciplina. Construir essa relação pode demorar, mas garanto que jamais será perda de tempo.
 
Segue texto da Revista Nova Escola retirada do site: http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/relacao-professor-aluno-interfere-aprendizado-desempenho-622296.shtml acesso em 07/07/2013 às 23h44.
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Vídeo-Aula 11 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Legislação como instrumento de inclusão
Documentos internacionais:
1944 - Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU);
1990 - Conferência Mundial sobre Educação para Todos; 
1994 - Declaração de Salamanca - Principais políticas e práticas de educação especial. 
Estes documentos são frutos de contextos históricos, na busca de uma sociedade mais justa, sem discriminação e apresenta a educação como um lugar para a prática da cidadania.
 
 
Documentos nacionais
1988 - Constituição Federal do Brasil: estabelece que as pessoas com necessidades devem ter direito a educação.
1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: assegura que alunos com necessidades especiais devem ter currículo, métodos e recursos educativos e organização especifica para atender as suas necessidades.
Lei 10.098/2000 - que estabelece que apresenta regras gerais e critérios básico para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. 
2001 - Plana Nacional de Educação: apresenta a responsabilidade da União, dos Estado, do Distrito Federal e dos Municípios na implementação de sistemas educacionais.
2001 - Decreto 3.956: reconhece o texto da Convenção Interamericana para eliminação de discriminação aos portadores necessidades especiais.2007 - Política Nacional de Educação, na perspectiva da educação inclusiva, ressaltando a inclusão, não é lei.
 
Considerações:
Todas as leis, políticas e decretos são frutos de contextos sociais, ou seja, nasceram dentro de um contexto, a partir da necessidade das pessoas e frutos de embates.
Como garantir a efetivação desta legislação? Como usar a legislação a favor do aluno? O professor deve conhecer a legislação, para entender o direito a educação, entender a atuação do profissional da educação, buscar apoio, ajuda profissional e diagnóstico, buscar tecnologias assistivas e brigar pelos seus direitos como professor de alunos NEE. Assim vamos parar de brigar com nossos alunos, passaremos a brigar com eles.

 
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Vídeo-Aula 12 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Como vem sendo organizada a educação especial no país.
O Instituto Benjamim Constant criado no Rio de Janeiro em 1854 e o Instituto Nacional de Surdos-Mudos fundado em 1857 atuaram desde a sua origem acompanhando os avanços da educação especial pensando na formação profissional dos frequentadores segundo padrões europeus.
Já os atendimentos aos deficientes mentais foram realizados em asilos e manicômios, maior cuidado e proteção, confinamento e a educação vinculada aos serviços de saúde pública e higiene mental. 
Nas décadas de 1960 a 1980 é marcada pela criação de serviços educacionais para os alunos com necessidades educacionais especiais.
Havia também as escolas especiais que contava com profissionais da saúde, atuando como equipe multidisciplinar junto à equipe pedagógica. As salas de aula tinham poucas crianças dividas pela faixa etária ou pela deficiência. os programas curriculares eram reduzidos. Os materiais didáticos eras elaborados especialmente para os alunos, não priorizando o raciocínio e a criatividade. Cada série é realizada a cada dois anos. A base da educação era a fala, tida como fundamental para o desenvolvimento da escrita.
Havia também as classes especiais nas escolas regulares de acordo com a deficiência do aluno
Considerações:  
Nas salas regulares de ensino, com o princípio da inclusão, observa-se:
- O contato da das crianças com necessidades especiais com as crianças "sem deficiência" sendo modelos para o desenvolvimento das crianças;
- Ambientes não pensado para elas, dando condição para a inserção social futura, materiais didáticos iguais para todos;
- Os alunos devem se esforçar para acompanhar a aula, superando suas dificuldades;
No século XXI na perspectiva da inclusão verificamos:
- Educação pensada como ação política, social, cultural e pedagógica;
- Direitos de todos a educação, sem discriminação;
- Todos os alunos preferencialmente na rede regular de ensino;
-  As escolas devem se organizar para prestar este atendimentos as crianças.
- A educação deve ser oferecida em todos os níveis;- Atendimento especializado no contra turno;
- Formação de professor das salas regulares e especializadas;
- Infraestrutura adequada;
 

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Vídeo-Aula 13 - Profissão Docente: A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor
Muitos instrumentos para verificar a educação no país mostram que a maior parte dos alunos não aprende. Assim, surgem explicações para este fracasso escolar.
Com a explicação reducionais, muitas vezes coloca o aluno e sua família como a causa do problema: o aluno é carente, sua família não dá apoio, etc...
Ou se justifica pelo mundo e pela escola: vivemos em uma sociedade corrompida, há uma grande crise de valores, a escola está numa crise de valores, etc... Nesta lógica, se foca no problema e não se pensa no aprender. 
Dimensões do não aprender e os desafios do professor: diferentes relações
- aluno-mundo: por que aprender? qual a ração para aprender se o que vale é o ter, o dinheiro? O desafio do professor é resgatar o valor do conhecimento.
- mundo-escola: o que ensinamos? o que deveríamos ensinar? os "muros" da escola estão fechados para a sociedade, a escola não ensina para a vida, por outro lado, a sociedade desvaloriza a escola.
- escola-aluno: como ensinamos? se o professor ensina por que o aluno não aprende? O professor fica frustrado e o aluno perde o interesse quando não há um ensino significativo.
 
Considerações:
Texto que trata da teoria de David Paul Ausubel e a necessidade do ensino significativo:
 
Ensino que faz sentido Pensada para o contexto escolar, a teoria de Ausubel leva em conta a história do sujeito e ressalta o papel dos docentes na proposição de situações que favoreçam a aprendizagem. De acordo com ele, há duas condições para que a aprendizagem significativa ocorra: o conteúdo a ser ensinado deve ser potencialmente revelador e o estudante precisa estar disposto a relacionar o material de maneira consistente e não arbitrária (leia o trecho de livro no quadro à direita). "Essas condições são ignoradas na escola", lamenta Moreira, que, assim como Rosália, conheceu Ausubel durante sua passagem pelo Brasil em 1975, em eventos promovidos pelo professor Joel Martins (1920-1993), da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
"Ensinar sem levar em conta o que a criança já sabe, segundo Ausubel, é um esforço vão, pois o novo conhecimento não tem onde se ancorar", afirma Rosália. Mas há outro requisito, que se refere ao desafio diário de tornar a escola um ambiente motivador. Pode-se preparar a melhor atividade, mas é o aluno que determina se houve ou não a compreensão do tema. "De nada adianta desenvolver uma aula divertida se ela for encaminhada de forma automática, sem possibilitar a reflexão e a negociação de significados", comenta a pesquisadora Evelyse.
Há quem credite o fracasso escolar apenas à falta de disposição do aluno em aprender, esquecendo que o professor é o profissional qualificado para criar os momentos com potencial de possibilitar a construção do conhecimento. O fracasso escolar tem causas variadas, por essa razão o contexto deve também ser considerado. No livro O Diálogo Entre o Ensino e a Aprendizagem, Telma Weisz explica que uma boa situação de aprendizagem é aquela em que as crianças pensam sobre o conteúdo estudado. Elas têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõe. Segundo Telma, o docente precisa garantir a máxima circulação de informação possível. Além disso, o assunto trabalhado deve manter suas características socioculturais reais, sem se transformar em um objeto escolar vazio de significado social.

Texto retirado do site: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/david-ausubel-aprendizagem-significativa-662262.shtml acesso em 07/07/2013 às 23h47.
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Vídeo-Aula 14 - Profissão Docente: Processor de aprendizagem e implicações para a prática docente
A aula apresenta os mitos sobre a aprendizagem:
- A aprendizagem é fruto do ensino e a aprendizagem é feita em etapas que podem ser controladas pelo ensino.
 
Mas então, como se dá a aprendizagem?
A aprendizagem no contexto sociocultural e existem diferentes instancias na construção do conhecimento.
Sujeito: está sempre na relação com o outro, onde se aprende a compreender o mundo, num contexto sociocultural.

Universo da ciência: que nem sempre é acessível a todos.
A escola deve perpassar pelo sujeito, pelo contexto sociocultural e pelo universo da ciência, tendo em vista a dimensão cognitiva, afetiva e funcional.
Neste contexto o professor vai ensinar pela interação, mediação e linguagem.

Segundo Piaget a aprendizagem diz respeito a construção pessoal a partir de experiências vividas sobre a forma de um processo complexo e multifacetado.
A partir de uma situação problema, o sujeito se utiliza de concepções e saberes e cria hipóteses. Ele antecipa os resultados da sua hipótese e testa para verificar sua experiência. Contudo, se há uma surpresa e um desapontamento ocorre um desequilíbrio cognitivo.

 
Considerações:
Papel do professor no processo de aprendizagem:
- Propor problemas;
- Desestabilizar concepções prévias;
- Favorecer a interação para a busca de soluções;
- Favorecer situações de observação, experimentação e pesquisa;- Favorecer o debate, reflexão, a criação, a consciência, o saber responsável, o registro e a sistematização do conhecimento;
- Propor novos problemas.