quinta-feira, 4 de julho de 2013

VÍDEO-AULAS (22 - 28)

Vídeo-Aula 22 - Profissão Docente: Professor Leitor
A aula mostra que na nossa sociedade a leitura é valorizada. A leitura é considerada um aprendizado à distância, uma forma de aproximação com diversas realidades. Toda a leitura é uma educação à distância.
Toda a leitura é um aprendizado e todo aprendizado é uma leitura, uma interpretação. O mundo é um livro aberto. Leitura não é apenas olhar símbolos grafados, mas abrir-se para a realidade.
O professor deve ser leitor. a medida que eu me torno um leitor eu me liberto, dos meus preconceitos, dos velhos conceitos, me abro para uma nova realidade.

No Brasil, verificamos que os brasileiros leiam 4,7 livros por ano, tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes e quase 70% das escolas públicas não tem uma biblioteca. As mulheres leem mais que os homens.
Observa-se que os professores não tem o hábito da leitura, consequentemente, ele tem dificuldades de incentivar os alunos a ler e acaba-se a obrigar o aluno a ler.

Considerações:
Há uma frase de Guimarães Rosa "Porque existem os analfabetos das entrelinhas" que mostra que não basta estar alfabetizado, ler um bilhete, por exemplo. É necessário ter uma formação literária, saber interpretar o livros, a própria vida e os alunos.
A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo e nos fazer criar um sistema pessoal de convicções. O professor deve ser alguém que inspire e entusiasme o interesse de aprender, não pode ser apenas um funcionário que cumpre a sua tarefa.
Segue reportagem da Revista Nova Escola destacando a importância do professor ser leitor...

Formação literária do professor: nunca é tarde para gostar de ler: Muitos professores brasileiros não tiveram a chance de construir uma história como leitores de literatura. Mas sempre é tempo de criar o hábito de leitura e também inspirar seus alunos

Você terminou de ler um romance. Chega à escola e corre para compartilhar a experiência com os colegas. Fala sobre os conflitos do personagem (sem entregar o fim da história, é claro) e comenta que já viveu vários dos questionamentos narrados na história - razão pela qual a trama prendeu a atenção do começo ao fim. Outro professor aproveita para dizer que já leu algo do mesmo autor - e a conversa continua, animada, até a hora de a aula começar.

"Um mesmo livro nunca é o mesmo para duas pessoas", já disse o poeta Ferreira Gullar. Essa experiência, ao mesmo tempo pessoal e coletiva, é tão rica porque nos permite entrar em contato com uma realidade diferente da nossa - e, graças a isso, (re)construir nossa própria história dia após dia.

Porém a realidade de grande parte dos docentes brasileiros está bem longe disso. Muitos não tiveram acesso a obras literárias em casa nem construíram práticas sociais de leitura (na Educação Básica e nos cursos de graduação universitária). "O professor médio brasileiro do ensino público teve pouco acesso e estímulo a ler. Por isso, conhece poucas obras de literatura contemporânea e clássica", afirma Zoara Failla, gerente executiva de projetos do Instituto Pró-Livro. Então, o que fazer para transformar essa pessoa que tem pouca familiaridade com a literatura em um agente disseminador de boas práticas leitoras? O mais importante é saber que nunca é tarde para se deixar encantar pela literatura e começar uma trajetória como leitor - ou, quem sabe, ampliar ainda mais os conhecimentos sobre os livros. Vamos nessa?

Por que ler
O leitor literário lê por razões variadas: rir, refletir, investigar, relembrar, chorar e até sentir medo. Lê porque mergulha no que autores e personagens pensam e sentem - no passado, presente ou futuro, em lugares distantes ou que nem sequer existem. Lê porque as narrativas literárias o ajudam a refletir sobre a vida e a construir significados para ela.

Como virar um leitor
Não existe um caminho único para se tornar um leitor literário. Você pode começar por textos simples do ponto de vista linguístico e depois passar para os mais complexos - ou iniciar por temas próximos e partir para os mais distantes. "E há os que preferem os grandes desafios desde o princípio porque sabem que eles têm algo a oferecer, nem que seja a estranheza", afirma Ana Flávia Alonço Castanho, selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Um bom caminho para alavancar o gosto pelos livros é procurar uma comunidade de leitores (podem ser os professores da escola, os amigos, os parentes - o importante é encontrar gente que goste de ler). Em Andar entre Livros, Teresa Colomer, professora de Literatura na Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, afirma que "ao compartilhar as impressões sobre uma leitura passamos a saber os significados que a obra tem para os outros, o que enriquece nosso repertório". Outra vantagem desse diálogo permanente é a troca de indicações de textos e autores.


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Vídeo-Aula 23 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Desenvolvimento e educação de pessoas com necessidades educacionais especiais
O professor espera que haja uma regularidade e linearidade do processo de aprendizagem dos alunos e, os alunos que não aprendem não considerados deficientes. Assim, a relação entre o professor e o aluno fica dificultosa e a imagem do aluno fica negativa. O professor diz que o investimento da criança não adianta.
 
A dificuldade do professor com o aluno pode ser minimizada em algumas situações, por exemplo, com o aluno que tem deficiência sensoriais há o uso de tecnologias, como o braile, aparelhos auditivos e a libra. Assim, a criança pode acompanhar as aulas e ter a certificação ao final do ciclo.
Com a criança com deficiência intelectual, pode-se se pensar se é possível ensinar coisas além da socialização. É preciso se investir na criança para se verificar se é possível o processo de aprendizagem.
 
Plasticidade cerebral: propriedade do sistema nervoso que permite o desenvolvimento de alterações estruturais e funcionais, havendo uma capacidade adaptativa. Assim, uma criança que é surda que não adquire a linguagem oral e verbal pode sofrer transformações e a área da linguagem é transmitida, transformada, para a área da visão, há uma recuperação funcional.
É necessário investir na criança, quando mais nova melhor, e analisar a deficiência e habilidades presentes, fazer um diagnóstico.
 
Considerações:
Papel do meio (escola) e do professor em parceria com a família, no processo de mediação da criança deve-se:
- Identificar as dificuldades;
- Desenvolver as habilidades;
- Descobrir as potenciais;
- Respeitar as especificidades. 
 
O documentário que segue "Educação Especial" foi produzido para o MEC, em 2009, para mostrar a inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas regulares da rede pública, do ensino fundamental à universidade. Roteiro e Direção: Deborah Andrade. 2009
 
Vídeo retirado do site: https://www.youtube.com/watch?v=T5E_8ct-JEA acesso em 07/07/2013 às 16h37.
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Vídeo-Aula 24 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Modelos de ensino: das concepções docentes ás práticas pedagógicas
As novas demandas da sociedade, os novos paradigmas, interferem e influencia as concepções do docente:
- inclusão de alunos especiais e o atendimento de camadas sociais que antes não frequentavam a escola, além, da preocupação que todos aprendam;
- as concepções de aprendizagem do docente;
- a integração curricular e o trabalho em grupo;
- o coordenador como articulador;
- ampliação X esvaziamento das atribuições da escola: conhecimento de mundo, ampliação dos conhecimentos X sensação que o professor tem que dar conta de tudo e pode perder o foco do que ensinar;
 
Inclusão escolar.... Observa-se a necessidade de...
- lidar e articular as diferenças sociais, econômicas, culturais e individuais (de desenvolvimento humano).
- trabalho em equipe/ coletivo;
 
Considerações:
A imagem que segue resume a complexidade do processo de inclusão e todos os grupos e pessoas que fazem parte: família, saúde, escola, como também, os professores, demais alunos, o aluno NEE, profissionais da saúde, os demais pais...
 
Imagem retirada da vídeo-aula 24 "Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Modelos de ensino: das concepções docentes ás práticas pedagógicas" do Curso Ética, Valores e Cidadania na Escola da USP.
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Vídeo-Aula 25 - Profissão Docente: Professor Pensador
A aula mostra que o exercício da curiosidade, da reflexão e do diálogo com o extramental nos leva ao momento das decisões. Existem realidade fora que mim que me faz buscar outros conhecimentos.

Uma coisa é ter opiniões a cerca de tudo, "achismos", as pessoas falam de tudo, um economista fala de filosofia, por exemplo. Já as convicções são ideias buriladas, conceitos aprofundados. Nossas decisões estão alicerçadas nas convicções construídas.

Franz Kafka defende que "Tu és a tua própria lição de casa". Podemos pensar as lições de casa que muitos alunos desenvolvem que são burocráticas e não desenvolvem a reflexão dos alunos, não contribui para a aprendizagem.  
Quando a lição de casa é atraente e contribui para a aprendizagem, melhora a relação entre o professor e o aluno. 

Considerações:
Neste texto de Clarice Lispector "O primeiro aluno da classe" mostra que não podemos ser bom o tempo.
"Seu segredo é um caracol. O cabelo é bem cortado, os olhos são delicados e atentos. Sua cortês carne de nove anos ainda é transparente. É de uma polidez inata: pega nas coisas sem quebrá-las. Empresta livros para os colegas, ensina a quem lhe pede, não se impacienta com a régua e o esquadro, quando há tanto aluno desvarrado. Seu segredo é um caracol. Do qual não esquece um instante. Seu segredo é um caracol que o sustenta. Ele o cria numa caixa de sapato com gentileza e cuidado. Com gentileza diariamente finca-lhe agulha e cordão. Com cuidado adia-lhe atentamente a morte. Seu segredo é um caracol criado com insônia e precisão".
 
Conto   retirado    do    site: http://pt.scribd.com/doc/3377770/Lispector-Clarice-O-primeiro-aluno-da-classe       acesso   em   06/07/2013     às     23h14.
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Vídeo-Aula 26 - Profissão Docente: O Professor Autor

Observa-se que primeiro o indivíduo lê, depois interage com o texto da vida e num segundo momento se pensa e em sequência se cria e produz. 
As pessoas falam e pensam a todo momento e, quando fala o que pensa, tem uma certa autoridade, autoria.

O professor que só obedece, que não é autor, não pode propiciar esta autoria aos seus alunos. A autonomia docente não se conquista sem um estilo de ensinar. É uma conquista a medida que vai trabalhando.

No processo de ensino é necessário causar uma ruptura, um desconforto, para assim ensinar. É preciso surpreender os outros para criar novos espaços, ideias e convicções. O professor autor deve acompanhar e interagir com todas as idades com o uso das tecnologias.
 
Considerações:
A palestra que segue é focada no professor e partirá da seguinte questão: professor é ou não é autor? E o que falta para ele ser autor? Que postura deve assumir o professor autor? E o que ganha a Educação com o professore autor?
Será realizado um debate no formato aquário, no qual os professores tomam parte da atividade e exerçam um papel de protagonista. Nelson Pretto conduzirá o evento, com perguntas e provocações, incitando a discussão do papel do professor em relação ao material educativo.
 
 
Vídeo retirado do site: https://www.youtube.com/watch?v=P5JZdtOYx48 acesso em 07/07/2013 às 16h45.
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Vídeo-Aula 27 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - O professor não pode estar só - Parte I
Esta aula a presenta todos os integrantes do processo de inclusão e o olhar/foco de cada um, tais como as necessidades e desafios:
 
Famílias:
- busca de aceitação e acolhimento dos filhos;
- estabelecimento de vínculos e relações sociais;
- autonomia e dependência;
- busca de aprendizagem.
 
Demais famílias:
- receio de imitação e agressividade;
- "perder" em aprendizagem;
- valorização da inclusão como princípio ético;
 
Professores:
- Estar preparado ou preparar-se;
- Como garantir a aprendizagem;
- Como lidar com as diferenças;
- Disciplina e regras.
 
Crianças NEE:
- ouvir e escutar;
- reconhecer capacidades e habilidades;
- identificar necessidades;
- paradoxo da pluralidade;
 
Demais crianças:
- curiosidades e interesses pela diferença;
- regras do grupo: negociações e reflexões;
- respeito pelas diferenças;
 
Escola:
- importante papel da coordenação e direção;
- espaços de reflexão, planejamentos e avalição permanentes;
- sustentar dúvidas e perguntas;
- estabelecer parcerias com outros profissionais.
 
Profissionais da saúde:
- ênfase na dificuldade e deficiência (visão normalizadora);
- visão clínica e individual;
- pouco conhecimento do ambiente e dos desafios escolares;
- importante parceiro no processo de inclusão.

Considerações:
Segue artigo de opinião A inclusão, o professor e o aluno do dia 19/08/2010 | N° 2584

ARTIGO

Com a proposta de uma Educação para Todos, alunos com necessidades educacionais especiais passaram a frequentar o ensino regular, o que vem provocando dúvidas, incertezas e desestabilizando o professor que, ao deparar com o outro “diferente”, vê-se diante de suas limitações pessoais e profissionais, levando-o, muitas vezes, a demonstrar atitudes de não aceitação deste educando. É um dos maiores desafios que se vem enfrentando na área educacional, relacionado à formação do profissional que trabalha com alunos incluídos.

Como os profissionais, que já estão em exercício e que não têm formação especializada, vêm enfrentando a realidade inclusiva? Quais as dificuldades encontradas? A trajetória de vida, escolar e acadêmica dos professores tem influenciado no modo como eles vêm lidando com a inclusão deste aluno no ensino regular? Essas são algumas das indagações que nos levam a pensar a inclusão enquanto um desafio que passa pelas interações estabelecidas entre professor e aluno, pois ambos levam para a sala de aula suas histórias de vida, permeadas de significados, valores e crenças, socialmente apreendidos.

Parece urgente lançar um novo olhar sobre a formação de professores, no intuito de resgatar as “marcas” que estes carregam, num processo de interação entre suas dimensões pessoal e profissional. Esse desafio lançado aos professores é muito grande, e inúmeros não se sentem preparados para enfrentá-lo e, por isso, talvez, ainda predominem a visão e o discurso de que o aluno com necessidades educacionais especiais deva ser atendido por profissionais especializados, em classes especiais e em salas de recursos, ficando o mesmo num jogo de “empurra-empurra”.

Os pais também exercem papel fundamental no atendimento pedagógico do aluno, pois são os familiares que ficam e se responsabilizam por essas pessoas a maior parte de suas vidas, sendo também aqueles que dão o “lastro”, o suporte para melhor trabalhar com o aluno. Mas em algumas situações, os familiares têm dificuldade em aceitar a deficiência do filho, lançando sobre o professor expectativas que podem gerar confusão de papéis, e até uma certa transferência de responsabilidades, o que acaba por frustrar ambas as partes e por dificultar o processo inclusivo.

Para que ocorram transformações, é de fundamental importância repensar a formação do professor. Ir além do suporte teórico, voltando-se, cada vez mais, para o professor como um ser unitário, constituído de trajetória pessoal e profissional e que precisa (re)construir-se diariamente, bem como melhor adaptar-se e atender às novas demandas sociais e educacionais, dentre elas, a inclusão.
ALEXANDRE GIACOMINI|Professor de Física da rede estadual
 
Artigo extraído do site: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,41,3010504,15325 acesso em 07/07/2013 às 16h49.
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Vídeo-Aula 28 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - O professor não pode estar só - Parte II
Segundo esta aula, a Constituição Federal do Brasil defende a igualdade de acesso e permanência das crianças com necessidades educacionais especiais nas escolas, contudo, isso não se tornou realidade em diversas escolas.
Observa-se com as crianças especiais implicações no modo de aprender, facilidades e dificuldades, e implicações no modo de comportamento.
Além disso, verifica-se a "frustração do professor" e a "inadequação do aluno" devido as dificuldades encontradas: 01 professor + 40 alunos + aula programada com diferentes matérias + diferentes modos e tempos de aprender + diferentes modos de comportamento .

As persistências/incapacidades do aluno aumentam a frustração do professor e cria questionamentos quanto a as expectativa do professor sobre o potencial do aluno + as expectativas do professor sobre sua capacidade de "fazer aprender".

Lidar com as frustrações é importante e envolve...
A revisão das expectativas:
- onde eu acredito que o aluno vai chegar;
- onde o aluno tem a possibilidade de chegar;
A revisão das perspectivas:
- como eu posso preparar a minha aula incluindo este aluno, respeitando as suas dificuldades e investindo nas suas potencialidades;

O professor busca ajuda da equipe da escola, que muitas vezes também entende não dispor de recursos para auxiliar, vê esgotado seu esforço e recursos esgotados achando que aquele local não tem capacidade para atender aquela criança. Assim, a dificuldade e incapacidade do aluno questiona a incapacidade do professor. Aluno e professor são culapados pelo insucesso, desencadeando a exclusão do aluno e a desmotivação do professor.
 
Considerações:
Quem pode ajudar neste processo de inclusão:
- A equipe escola: garantindo uma escola organizada e inclusiva; realizar encaminhamentos e solicitar serviços; realizar a busca e acesso a suporte, identificação dos recursos presentes na comunidade, estabelecimentos de parcerias, convênios em outras áreas, formas de ações conjuntas. 

- A equipe interdisciplinar: discussão com profissionais da Psicologia, Assistência Social e a saúde para realizar o diagnostico, realizar o acompanhamento a família e aumentar as possibilidades de intervenção. Todos se sentem mais capacidades, inclusive a criança. Este atendimento deve ser interdisciplinar para compartilhamento do saber e aumentar as possibilidades de intervenção.

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