domingo, 7 de julho de 2013

MÓDULO IV - PROFISSÃO DOCENTE E EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA

VÍDEO-AULAS (1 - 7)

Vídeo-Aula 1 - Profissão Docente - Papel do professor: Instruir ou Educar?
O papel do professor tem a dimensão do instruir, passar todos os conhecimentos e, educar, que engloba o papel de formação humana.

O ensino deve se submeter a educação ou a educação deve se submeter ao ensino?
Quando a educação se submete ao ensino o professor ensino uma série de saberes que supostamente irá transformar o aluno em um Homem educado.
Quando o ensino se submete a educação em que se tem um projeto educativo em primeiro plano onde os saberes são englobados.
 
"A pedagogia real situa-se para além dos limites e das intenções de qualquer disciplina". George Gusdorf. O ensino da disciplina deve fazer com que o indivíduo pense e reflita, compreendendo os processos da humanidade. 
 
O papel do professor é enfrentar a educação a partir de dois polos relacionados: a dimensão pedagógica que é instruir e a dimensão educacional relacionada ao projeto, tendo em vista o desenvolvimento, aprendizagem, personificação, socialização, humanização e a libertação.
Para garantir a dimensão pedagógica e educacional, a escola deve estar relacionada com a sociedade, o projeto pedagógico deve ser um compromisso de todos. Se eu quero espírito crítico, tenho que propor isso diariamente. 
 
Considerações:
O texto que segue - adaptado de Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente - Documento para Consulta Pública, MEC/Inep - mostra algumas qualidades necessárias para o professor que relaciona-se com o seu papel.                                               

O docente ideal:
1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.
2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos.
3. Conhece as didáticas das disciplinas.
4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.
5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.
6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.
7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.
8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.
9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.
10. Institui e mantém normas de convivência em sala.
11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.
12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.
13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.
14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.
15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.
16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.
17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.
18. Trabalha em equipe.
19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.
20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.

Este texto é parte do artigo da Revista Nova Escola retirada do site: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/vinte-caracteristicas-professor-ideal-604361.shtml acesso em 07/07/2013 às 00h02.
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Vídeo-Aula 2 - Profissão Docente - A ação educativa ao longo da trajetória escolar
Ao longo da trajetória de vida, o que a escola representa para o aluno?
Qual o papel do professor na sucessiva etapas de aprendizagem?
A trajetória escolar deve estar alinhada com a ação educativa.
 
Na educação verificam-se a escola marcada pela novidade, brincadeira e possibilidades de socialização. O que está em jogo? A adaptação, ampliação das referências, dos saberes, das linguagens e das relações. Papel do professor? Investimentos na esfera afetiva, funcional, cognitiva, linguística e de ajustamento pessoal.
 
Ensino fundamental (1° e 2° ano) observa-se a escola como espaço de aprender. A ideia que a escola é séria. O que está em jogo? Auto conceito, motivação para aprender, adaptação ao ritmo da escola, novos critérios de convivência social. Papel do professor: apoio funcional, fortalecimento do vínculo com o saber, estimulação dos saberes que regem a convivência social.
 
Ensino fundamental (3° e 4° ano) observa-se a escola como espaço de pluralidade. O que está em jogo? O auto conceito acadêmico, aprender a aprender, organização, autonomia, disponibilidade para lidar com as dificuldades. Papel do professor: escolarização. Fortalecimento da relação escola-aluno pelas dimensões afetivas, metodológicas, funcional, cognitiva e funcional.  
 
Ensino fundamental (5° e 9° ano) e ensino médio observa-se a escola é um entre tantos espaços. O que está em jogo: lidar com crises, conflitos, projetos de vida, cobranças de desempenho, opção profissional, autonomia, redefinição da identidade e dos valores. Papel do professor? Apoio, orientação, sensibilização, conscientização sobre aspectos da vida e da responsabilidade social.

Considerações:
O professor, enquanto responsável pelo processo de ensino-aprendizagem, deve conhecer as etapas da trajetória escolar do aluno para poder desenvolver ações educativas de acordo com a faixa etária e necessidades do educando. Caso esta trajetória não seja respeitado, o aluno poderá se desinteressar pela construção do conhecimento, ou pela complexidade ou simplicidade do conteúdo.
 
 
acesso em 07/07/2013 às 22h59.
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Vídeo-Aula 3 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Ética e valores na ação educativa
História da Escola: A quem e que se destina?
1° Revolução: grupos diferenciados, individualizados, por preceptor;
2° Revolução: responsabilidade do Estado e pública: ainda restrita a certas camadas e professor com vários alunos;
3° Revolução: universalização do acesso a educação.
Neste momento, observa-se o atendimento a diversas camadas sociais, a diversidade como as pessoas com as necessidade especiais e, a legitimação do direito.

Com os paradigmas escolares (ler e escreve = clero, escrever e contar = comércio e a cultura letrada) como inserir as pessoas com diferentes necessidade especiais? Como é ser professor nessas condições? Como fazer educação nessas bases desconhecidas?

A educação é vista como uma instância privilegiada para evitar/ corrigir práticas intolerantes e que aumente o respeito e a solidariedade.

Verifica-se a necessidade do trabalho intencional com valores: alunos com a ética e a cidadania.
Relações interpessoais: afetividade, valor, aquilo que eu gosto;
Mas como gostar do desconhecido?

Considerações:
 
A charge que segue exemplifica a falta de conhecimento quanto as pessoas com necessidades especiais. Pela pessoa ser cadeirante ela não fala? não pensa? Pode-se pensar na necessidade do docente conhecer o seu aluno e a sua necessidade, para poder auxiliar da melhor forma, desenvolvendo o educando.
 
acesso em 07/07/2013 às 22h51. 
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Vídeo-Aula 4 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Ética e Saúde na Escola
Qual o impacto que tem quando um professor recebe a notícia que irá receber em sua classe um aluno com necessidades especiais? Qual o olhar para este aluno? O que se necessita ter para realizar este trabalho?
 
Terminologia "Necessidades educativas especiais" surgiu na Europa, uma educação centrada no aluno, com um movimento de integração dos alunos. Refere-se a alunos que apresentam dificuldades significativamente maiores para aprender ou algum problema de ordem física, sensorial, intelectual, emocional ou social.
No Brasil as discussões começam com a Conferência Mundial de Educação Especial em Salamanca em 1994, onde foi firmado o compromisso de educação para todos.

Quem são as crianças e jovens com necessidades especiais:
- de rua e que trabalham;
- de origem remota ou de população nômade;
- pertencentes e minorias linguísticas, éticas e culturais;
- grupos desavantajados ou marginalizados;
- deficientes e superdotados.
Existe diferença entre necessidades educativas especiais e diversidade?

No Brasil quem é considerado com necessidades especiais:
Decreto 3.298 de 1999 define... deficiência física/ auditiva/ visual/ mental e múltipla.
Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva (2007)

Considerações:
As definições e os diagnósticos, para o professor, só faz sentido quando contribuem para as questões pedagógicas.
Observa-se que os cuidados são de reconhecer a complexidade das terminologias e diagnósticos. É necessário conhecer para instrumentalizar e atuar pedagogicamente. Saber dos riscos pode ser estigmatizante reduzindo um indivíduo com deficiência e também com múltiplas competências e uma pessoa deficiente.
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Vídeo-Aula 5 - Profissão Docente - O papel do professor na mediação cultural
Esta apresenta o papel do professor na mediação cultural, tendo a arte como um conteúdo acessível ao aluno, fazendo parte de sua vida. Deve-se promover a consciência sobre o valor da arte na sociedade e na vida dos indivíduos, assim, o professor pode trabalhar com a cultura brasileira.
 
O aluno aprende com as próprias produções, com as dos pares e a partir do conhecimento sobre a produção sócio histórica da arte.  
A arte também promove a auto estima, pois o aluno pode se expressar, tendo em vista a autoria do educando e a possibilidade de interpretar a arte, com uma participação consciente.
 
Com a arte é possível trabalhar com temas transversais relacionando com a realizada do aluno, tais como ambiente, trabalho, pluralidade social, entre outros. O professor deve selecionar arte de qualidade para que o aluno se identifique, assim como os conteúdos para o desenvolvimento da compreensão estética. Além disso, o professor deve investir na sua formação. Pode trabalhar com diferentes técnicas de arte.
 
Considerações:
A formação cultural promove a integração social, possibilita que o aluno possa se expressar, manifestar a sua experiência e compartilhar com a comunidade e nas redes sociais.  
Existem aspectos que podem ser pensados quando realizamos o trabalho com a arte:
- a visão do aluno, sua interpretações e repertório: sua característica culturais, possibilidade de transformação da própria realidade e lugar de origem; 
Segue imagem que ilustra a participação dos alunas na produção artística, lembrando da necessidade de documentar a produção do aluno, portfólios.
 
Imagem retirada do site: http://linguagensexpressivas.blogspot.com.br/ acesso em 04/07/2013 às 10h19.
 
- visão da aprendizagem: práticas de educação diferenciadas, reconhecer a arte como conteúdo transformador e formador da identidade do estudante.   
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Vídeo-Aula 6 - Profissão Docente - O professor e a diversidade cultural em sala de aula
A aula apresenta que ensinar sobre a diversidade cultural é respeitar os direitos dos povos de se manifestar, documentar e preservar sua cultura. Este ensino pode promover o respeito entre os povos. Além disso, as culturas são diversas e estão em mudanças permanentes.
 
Os meios de comunicação e expressão presentes nas diversas culturas refletem os diferentes contextos históricos e sociais;
A aprendizagem cultural se dá se o professor promove;
A criação e a fruição artística para o aluno aprender sobre a diversidade expressa na arte de diferentes tempos e lugares;
 
F. Graeme Chalmers defende a ênfase na promoção do pluralismo e na diversidade cultural e na equidade social;o ensino da cultura tida como dominante, apenas, mas de diferentes conteúdos culturais; priorizar as relações sociais. O ensino da arte pode ser uma das possibilidades de promoção de diferentes culturas.
 
Considerações:
O professor deve promover na sala de aula discussões a cerca da diversidade cultura para possibilitar a construção do respeito pela diversidade. A cultura indígena, presente em nosso país, pode ser explorada. Segue imagem ilustrativa de artefatos da cultura indígena.  
 
 
Imagem retirada do site: http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/cultura-indigena-624847.shtml acesso em 03/07/2013 às 19h12.
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Vídeo-Aula 7 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Crianças e jovens com necessidades educativas especiais: dialética inclusão e exclusão
A complexidade nos processos de inclusão escolar na perspectiva:
- o ponto de vista do familiares: Algumas escolas tem recusado a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais e as que recebem dizem que não estão preparadas. Mas o que é estar preparada? As crianças são incluídas nas classes regulares mas são deixadas de lado. Quando há inclusão verificamos que as crianças são incluídas socialmente mas não conseguem ser alfabetizadas, por exemplo. havendo a necessidade da escola com a família.

- o ponto de vista do professor: observa-se uma falta de estrutura, salas numerosas e a falta de formação do professor para receber os alunos com necessidades educacionais especiais, assim, o professor deve encontrar possibilidades, tais como conhecer a realidade deste aluno, buscar apoio na sala de recurso, estabelecendo parceria com a família.

- o ponto de vista da direção e coordenação da escola: com a função de articular diferentes pontos de vista dos envolvidos no processo. Observa-se o professor sem preparo e formação e, o mito que o seu papel é a socialização deixando de lado o desenvolvimento cognitivo.

- o ponto de vista do aluno: as pessoas que observam as crianças com necessidades especiais são, em alguns casos, deixadas de lado, sentando em um lugar diferente, ela não é ouvida ou seja é excluída, podendo com o tempo serem vistas, percebidas e trabalhadas.

Considerações:
A inserção destes alunos nas classes regulares, por si só, não garantem uma prática inclusiva de ensino. A criança fica incluída de uma maneira excludente. Ela passa de visível a invisível.
Necessita-se da mudança de foco no sujeito unilateral, ou seja, a criança diferente com necessidades especiais para o foco na relação professor aluno com reciprocidade, mutualidade e bi-direcionamento ao contexto imediato e histórico.

Reflexões....
Existe ou não diferença na relação professor-aluno quando o aluno tem ou não deficiência? As características dessas relações afetam o processo de ensino e de aprendizagem?
Contraste e conflito: Momento histórico da realidade brasileira X Inclusão perversa ou dialética inclusão e exclusão.
 
" O professor pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas? Não, mesmo que a escola não ofereça estrutura. As redes de ensino não estão dando às escolas e aos professores o que é necessário para um bom trabalho. Muitos evitam reclamar por medo de perder o emprego ou de sofrer perseguição. Mas eles têm que recorrer à ajuda que está disponível, o sindicato, por exemplo, onde legalmente expõem como estão sendo prejudicados profissionalmente. Os pais e os líderes comunitários também podem promover um diálogo com as redes, fazendo pressão para o cumprimento da lei".
 
Trecho da entrevista "Inclusão promove a justiça" de Maria Teresa Mantoan retirada da Revista Nova Escola no site: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/inclusao-no-brasil/maria-teresa-egler-mantoan-424431.shtml acesso em 04/07/2013 às 10h29

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