sexta-feira, 5 de julho de 2013

VÍDEO-AULAS (15 - 21)

Vídeo-Aula 15 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Dados da Educação especial no país
Observa-se que de 1998 a 2011 cresceu muito o número de matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares, contudo, verifica-se que a grande maioria de crianças e jovens com necessidades especiais estão fora da escola.
 
Realizou de 1998 a 2010 uma pesquisa para verificar como anda a educação especial e levantou-se:
- A falta de registro do trabalho realizado com os alunos. Deste modo pode-se pensar como traçar um diagnóstico com registros irregulares e, como realizar formação, políticas e obter recursos sem informação?
- A falta de diagnósticos ou irregularidades. O MEC tem um decreto que orienta a elaboração deste diagnóstico.
- Ausência da diferenciação do grau de deficiência;
- Quem dá o diagnóstico? Para quê? Dominância de deficiência intelectual;
- A maior parte dos alunos de inclusão são meninos;
- Tempo de permanência na escola pública é de 1 a 4 anos. Elas permanecem mais tempo na sala de recurso e nas escolas especiais;
- Permanecem na mesma série durante muito tempo;
- A maior parte está na educação infantil e no ensino fundamental I;
 
Considerações:
A partir desta aula podemos refletir sobre quais são as possibilidades que as escolas estão fornecendo para as crianças/jovens com necessidades educacionais especiais. Além disso, quais são as formas de garantir a permanência do aluno na escola e fornecer a certificação.
 
Por Dentro da Escola - Educação Especial Inclusão: A professora Angelina Carmela Matiskei, chefe do DEEIN, explica como vem sendo tratada a Política Estadual da Educação Especial na Perspectiva da Inclusão dentro das escolas públicas do Paraná. O programa mostra a importância da desmistificação da comunidade escolar com relação à educação inclusiva e à constante capacitação dos profissionais da educação. TV Paulo Freire. 2009.
 
 
Vídeo retirado do site: https://www.youtube.com/watch?v=w8EDNWyJKg0 acesso em 07/07/2013 às 17h02.
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Vídeo-Aula 16 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - Trajetórias escolares de pessoas com deficiência e a Educação de Jovens e Adultos
Esta aula apresenta duas pesquisas que retratam alunos especiais na Educação de Jovens e Adultos.
 
Na primeira pesquisa o objetivo é mapear dez anos de alunos com deficiência no EJA. Foram levantadas questões quanto:
- Quem são os alunos do EJA (negros, NEE, trabalhadores rurais, ...)
- Aumento de alunos especiais;
- Quanto ao diagnóstico observa-se: a presença da deficiência mental e auditiva; variedades de nomenclaturas para definir as deficiências;
- Dúvidas... Quem dá este diagnóstico? Ele instrumentaliza a ação do professor?
- De onde os alunos vem: a maior parte de escolas especiais e municipais;
 
Na segunda pesquisa tem o intuito de compreender algumas estratégias escolares, tendo em vista os alunos especiais no EJA. Após a primeira pesquisa se estuda a trajetória de alguns alunos especiais.
 
Considerações:
Segue as referências das pesquisas citadas nesta aula: 
- Mapeamento de Dez anos de Alunos com Deficiência na Educação de Jovens e Adultos (TINÓS, L. M. S.; AMORIM, K. S.; 2008).
- Os caminhos de alunos com deficiência à EJA: conhecendo e compreendendo algumas trajetórias escolares (TINÓS, L. M. S.;2010).
 
Observa-se nas pesquisas a falta de um trabalho pedagógico adaptado para o aluno especial; a especificidade de trabalhar com EJA e a discriminação; a falta de certificação dos alunos especiais, a falta de registro dos alunos especiais; 

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Vídeo-Aula 17 - Profissão Docente: O professor e a cidade educadora
A paisagem da cidade contemporânea forma o olhar. O antigo e o novo coexistem nas cidades. O professor pode utilizar os equipamentos e obras de arte presentes no espaço público com o objetivo de expandir o universo cultural dos estudantes.

Temos como exemplo a Estação da Luz. Podemos pesquisar no site e selecionar conteúdos a serem estudados na visita: abertura, tamanho, estrutura e destacar como local de visita. Mostrar que a estação foi um ponto de entrada importante da cidade até a 2° Guerra Mundial e que passou por um incêndio, necessitando uma reforma e reinauguração.
Quando for fazer uma visita é necessário fazer uma explicação sobre o local e saber o que os alunos já sabem, sempre deixando algo para que o aluno possa interagir no espaço visitado.
Depois da visita retomar pontos importantes e desenvolver um projeto para realizar trabalhos práticos e reflexivos.

Considerações:
O passeio possibilita direcionado desde a educação infantil o estudo do espaço público como objeto de formação cultural. Além disso, os próprios moradores da comunidade são fontes vivas de informações sobre o lugar em que se vive e a história da cidade. Os alunos podem participar da pesquisa trazendo objetos, interagindo com os espaços fazendo entrevistas e depois a pesquisa pode ser compartilhada.
 
acesso em 07/07/2013 às 17h19.
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Vídeo-Aula 18 - Profissão Docente: A escola e as instituições culturais
A aula retrata sobre a parceria entre a escola e a instituição cultural. As instituições culturais reúnem objetos de arte interessantes às aprendizagens escolares. Além disso, os museus e casas de cultura podem ser visitados física e virtualmente. 

Os objetos de arte expressam conteúdos de diversas áreas do conhecimento escolar e favorecem seu ensino de modo vivo e instigante tanto da arte universal como das culturas importantes de cada região.

As manifestações artísticas dos alunos podem ser compartilhadas pelas famílias e membros da comunidade convidados.

Considerações:
O estudo das obras de Leonardo em museus virtuais, por exemplo, por sua vasta ação, favorece projetos interdisciplinares entre arte, ciência, história e língua portuguesa.

 
Imagem da obra de Leonardo da Vinci retirada do site: http://astrologia-humanista.blogspot.com.br/2012/11/muito-se-tem-escrito-acerca-da-obra-de.html acesso em 07/07/2013 às 17h05.
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Vídeo-Aula 19 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - O todo pela parte: a questão do estigma

A aula apresenta a história de Tina e Pedro que retrata a amizade de duas crianças com características diferentes, mas que se respeitavam e uma criança aprendia com a outra.
Golffman apresenta a questão do estigma e defende que o estigma ocorre quando o indivíduo está inabilitado para a aceitação social plena. Além disso, a pessoa poderia ter sido facilmente recebido pelo grupo na relação social, mas possui um traço que pode afastar as pessoas, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos. Assim, falamos "ela é deficiente, mas é muito inteligente".
Há deficiências que são perceptíveis, aluno cego, e as deficiências que não são perceptíveis no primeiro momento, como a epilepsia. Além disso, ocorre a generalização da deficiência "o aluno só fez isso porque é deficiente", esquecendo que o indivíduo é uma criança. Em alguns casos há receio do aluno especial interagir com os alunos tidos como normais.
 
Considerações: A história "Pedro e Tina - uma amizade muito especial" conta  a descoberta da amizade pelos dois personagens que não tem nada de parecidos. Pedro faz tudo ao contrário e Tina é muito certinha. A amizade não tinha nada para dar certo, mas aos poucos os dois foram se conhecendo e ensinando tudo o que sabiam um para o outro, fazendo dessa AMIZADE, um sentimento para a vida toda.
Nome Original: Henry and Amy
Autor e Ilustrador: Stephen Michael King
Editora: Brinque-Book
 
Imagem e texto foram retirados do site: http://memoriasdeguigui.blogspot.com.br/2011/01/pedro-e-tina-uma-amizade-muito-especial.html. Acesso em 02/07/2013 Às 19h54.
 
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Vídeo-Aula 20 - Educação especial e inclusão: avanços e desafios - A complexidade no estudo dos processos de desenvolvimento humano
Nos estudos do desenvolvimento humano no campo da educação, da psicologia e da saúde observa-se o foco dos estudos:
- na criança;
- na relação com a mãe: estudos que vem crescendo, colocando a mãe como responsável no processo de desenvolvimento da criança;
- prioridade da relação sobre o indivíduo isolado - sistema: pensando na família;
- biológico-cultural: cultural no coração de análise: pensando o desenvolvimento não só no meio familiar, mas levando em conta todas as relações da criança. 
Desta forma, pensa-se no desenvolvimento para além da criança sozinha, levando em conta os sistemas biológicos, psicológicos e sociais.
 
Pode-se pensar em quem cuida da criança, o modo que a crianças é cuidada, se a pessoa que cuida tem outros afazeres, se o responsável cuida de outras pessoas. Isso reflete nos comportamentos da criança.
 
O entrelaçamento de pessoas e significações, que têm concretude no presente pode promover práticas sociais, delimitam zonas de atuação na interação, é impulsionadora de em determinadas aquisições e direções, ao mesmo tempo que distanciam, impedem ou interdita. 

Considerações:
Tendo em vista os aspectos culturais, temos como exemplo o caso das meninas lobos que apesar do aspecto biológico humano, elas se comportavam e viviam mais como lobos do que como os humanos, incorporando os aspectos culturais dos lobos.

Desta forma, o desenvolvimento ocorre ao longo de um ciclo vital nas e por meio das relações estabelecidas entre as pessoas em um contexto social e culturalmente organizado.

Na Índia, onde os casos de meninos-lobo foram relativamente numerosos, descobriram-se em 1920, duas crianças, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos.  


 

 

Imagens retiradas do site: http://uniclasse.wordpress.com/2010/08/13/amala-e-kamala-meninas-lobo/ acesso em 03/07/2013 às 10h58.
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Vídeo-Aula 21 - Profissão Docente: A complexidade da constituição docente
A aula retrata a complexidade da constituição docente e mostra que até a década de 1970 o fracasso do aluno era entendido como culpa do aluno e havia investimentos nas competências dos professores para reverter a condição dos estudantes. O professor ensinou, se o aluno não aprendeu a culpa e dele, mas o professor é responsável por reverter esta situação.
 
Nos anos 80 observa-se estudos sobre o funcionamento da escola, estudos psicogenéticos e a desestabilização dos mitos e, a escola é vista como produtora do fracasso escolar. Muda-se a compreensão do problema e a compreensão do papel do professor. Permanece a lógica da formação e verifica-se a competência do professor.
 
Atualmente observa-se a junção de fatores extrínsecos, intrínsecos, profissionalização e a profissionalidade. Os fatores extrínsecos são o curso que ele fez, a escola que ele trabalha e o quanto que ele ganha, assim, verificamos a profissionalização. Os fatores intrínsecos são como o professor vivem a sua formação e traçou seus caminhos, assim, temos o profissionalidade, o mudo de ler o mundo. Verifica-se a bisão de mundo e a cultural profissional.
Neste processo, há também os conhecimentos pedagógicos e os conhecimentos dos conteúdos e, as concepções de aluno, professor e aprendizagem. Tem os saberes aprendidos, formais, e os saberes vivenciados e, as condições subjetivas e objetivas. Todos estes fatores podem gerar a insatisfação e a satisfação.
 
Considerações:
O trabalho do professor refere-se ao conhecer tudo que contempla a sua função, viver, o que diz respeito a sua prática; refletir sobre a sua ação; e lutar para mudar e melhorar as suas condições de trabalho. O professor deve ter uma disponibilidade pessoal para renovar o seu trabalho, além de uma luta pela valorização do ensino e a constituição de um trabalho coletivo. 
O docente deve afirmar-se como sujeito do conhecimento e colocar-se como sujeito que define caminhos e cria alternativas.
Atualmente, há desafios na educação em face da realidade, pela difícil construção de um ensino da realidade e a desvalorização do ensino e o desinteresse dos jovens pelo magistério.  
Segue artigo comentado na aula que exemplifica a complexidade da constituição do professor:
 
Professores em fuga, por Vera Lúcia Pereira dos Santos
Vera Lúcia Pereira dos Santos
21/2/2011 14:52:00
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Não constitui surpresa saber que caiu o número de formandos em cursos que preparam docentes. O desinteresse dos adolescentes pelo magistério não se revelou repentinamente. É reflexo de um processo que vem se corporificando há muito tempo no exercício do magistério, aliado à decadência do ensino público monitorado por políticas públicas equivocadas.
Como professora de escola pública nas décadas de 1970, 80 e 90, fui testemunha da aplicação de leis, regimentos e normas pretensamente democráticas, inovadoras e revolucionárias, impostas ao professor como panacéias solucionadoras de todos os problemas educacionais.
A escola transformou-se em entidade predominantemente assistencialista e ao mestre era atribuída toda a responsabilidade pelo insucesso do aluno ─ a reprovação, se ultrapassada determinada porcentagem, era sinônimo de incompetência didática. O professor foi perdendo sua autonomia e, sem ela, sente-se desprestigiado, desmotivado e desestimulado e seu aluno percebe esse desencanto. 
Para esse processo de desconstrução, vários outros fatores contribuíram. Entre eles, ainda da perspectiva do docente, destaco o tratamento dispensado aos cursos de formação de professores da Educação Básica. Aos docentes que atuavam nesses cursos recomendava-se, não oficialmente, agir com complacência e não exigir muito do aluno na atividade didática. Isso porque o perfil da clientela, segundo orientadores e diretores de escola, era formado por adolescentes menos favorecidos economicamente e com poucos subsídios culturais e que, muitas vezes, ignoravam o alcance de sua vocação.Não seria essa uma forte razão para se elevar o nível desses jovens, futuros mentores da fase mais importante e decisiva do ensino, a alfabetização? O que pensar de cursos de graduação em Pedagogia que serviram durante algum tempo de meio de aquisição de maior remuneração para docentes e acesso à classificação privilegiada na atribuição de aulas?
Via e vejo nessa atitude facilitadora e desvirtuada uma contradição que só poderia resultar no quadro preocupante que hoje mobiliza institutos de pesquisas, educadores e especialistas em educação para tentar revertê-lo. A ausência de atração pela carreira docente entre estudantes do Ensino Médio soma-se ao desalento do magistério e cria uma lacuna perigosa na formação de outros profissionais? Quem irá orientá-los? Qual é a saída desse labirinto?É óbvio que há soluções e elas já foram apresentadas por pesquisadores abalizados como Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas. Agora falta aplicá-las. Os professores estão fugindo não por covardia, mas em busca da própria dignidade.
(*) Doutora em Linguística e em Língua Portuguesa e suporte pedagógico de Português no Ético Sistema de Ensino
(www.sejaetico.com.br)
 

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