sábado, 13 de outubro de 2012

VÍDEO-AULA 18 - Temas Transversais: Educação integral

Conceitos centrais da aula
Na cidade São José dos Campos, em São Paulo, há uma experiência de educação integral que tem como objetivo trabalhar a educação não só na dimensão cognitiva, mas também afetiva, social e cultural.
 
A rotina nesta escola:
- Momento de acolhimento em que é feito uma conversa para resolução de conflitos, por exemplo;
- Café da manhã;
- Lição de casa em que se aprende procedimentos de estudo;
- Ateliê onde há desenvolvimento de oficinas e o tema é escolhido de acordo com o interesse do aluno (teatro, astronomia, etc.). O professor é o mediador da aprendizagem e há um planejamento conjunto.
 
Deste modo, todos os espaços são de aprendizagem significativas e os alunos são mais ativos e os professores e alunos aprendem mais.
 
Considerações
A reportagem que segue apresenta algumas práticas que podem auxiliar o trabalho em tempo integral nas escolas, além disso defende-se um projeto pedagógico de qualidade:
 
Mais tempo na escola, mas para quê?
Aumento de carga horária só levará à melhora do ensino se o período estendido se relacionar a um projeto pedagógico de qualidade
Ana Ligia Scachetti (novaescola@atleitor.com.br)

 
Imagem retirada do site: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/mais-tempo-escola-679008.shtml acesso em 29/10/2012 às 8h58.

Resultado positivo depende de revisão do contexto escolar
Para justificar a ampliação da carga horária, o governo alega que países com melhor desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) têm jornadas diárias maiores que a do Brasil. Os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram, no entanto, que há situações variadas. Algumas nações oferecem pouco tempo diário de instrução e possuem ótimas notas. Outras não estão tão bem na avaliação, mas têm o período de aulas acima da média.
No Brasil, de acordo com o estudo Tempo de Permanência na Escola, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em 2009, a média de tempo que os estudantes entre 4 e 17 anos ficam na escola é ainda menor que o oficial: apenas 3,47 horas diárias. As faltas são um dos motivos para a redução da jornada efetiva. Levando em conta que o formato atual não funciona adequadamente, somente aumentar as horas é insuficiente para melhorar o nível de ensino. A duração do horário oficial e as atividades posteriores a ele são indicadores das oportunidades de aprendizado, mas o mais importante é o uso que se faz de cada momento (leia abaixo como as horas na escola podem ser mais bem aproveitadas).
O período integral não é, portanto, um milagre. Até o MEC admite que é preciso rever todo o contexto escolar ao implementar uma mudança desse tipo em Caminhos da Educação Integral no Brasil: Direito a Outros Tempos e Espaços Educativos (Jaqueline Moll [org.], 504 págs., Ed. Penso, tel. 51/3027-7000, 76 reais).
Para que as aulas extras signifiquem ganho de qualidade, é necessário que elas tenham relação com os conteúdos das outras disciplinas. As novas atividades devem ser tratadas com seriedade e ter metas claras para que todos saibam onde se pretende chegar e ganhem com o horário estendido.
Tempo bem gasto
 
Práticas essenciais para escolas com horário estendido:
- Não desperdiçar os minutos a mais.
- Elaborar um plano de trabalho bem detalhado.
- Priorizar as ações com foco em objetivos de aprendizagem claros.
- Individualizar o ensino com base nas necessidades de cada estudante.
- Usar o tempo para construir uma cultura de expectativas altas e com prestação de contas feitas por todos os setores da escola.
- Oferecer uma Educação variada e completa.
- Preparar os estudantes para o Ensino Médio e para uma carreira.
- Avaliar, analisar e responder a dados sobre o desempenho dos alunos.
- Combater as aulas vagas e as faltas de professores e alunos.
Fontes The National Center on Time & Learning, nos Estados Unidos e Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS)

Reportagem retirada do site da Revista Nova Escola: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/mais-tempo-escola-679008.shtml?page=1 acesso em 29/10/2012 às 8h53.

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